terça-feira, 26 de junho de 2012

Tão perto e tão longe



O Foz do Iguaçu Futebol Clube desperdiçou uma ótima oportunidade (mais uma) de jogar a pressão por resultados para os adversários, nessa tão disputada Divisão de Acesso.

Neste domingo (24), a equipe iguaçuense vencia a Junior Team por 1 a 0 em Londrina, no Estádio do Café, mas tomou a virada no segundo tempo.

Perdeu não só a vice-liderança do segundo turno, como também a vice-liderança na classificação geral.

O TJD-PR (Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná) puniu recentemente as equipes londrinenses, Junior Team e Cincão, além do Cascavel, com a perda de pontos, pela escalação de atletas em situação irregular, ou seja, sem estarem relacionados no Boletim Informativo Diário da CBF.

A Junior Team perdeu 15 pontos, o Cincão oito e me parece que o Cascavel outros três. Cada dia era um julgamento diferente, e confesso nem saber ao certo quantos pontos foram. Mas ficaremos apenas com a análise da Junior Team e Cincão, que são as equipes que brigam por vaga na Primeira Divisão Paranaense de 2013.

A Federação Paranaense de Futebol ainda não reconhece (ou não quer reconhecer) em seu site oficial, e lá as equipes permanecem com as pontuações inalteradas. Tanto que com a vitória de domingo, agora a Junior Team aparece na vice-liderança na classificação geral, com 24 pontos, cinco a mais do que o Foz, que tem 19 e no site da FPF aparece em quinto lugar.

A atitude da FPF é compreensível, uma vez que as equipes ainda não esgotaram todos os recursos possíveis no tribunal. Certamente o caso irá até o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no Rio de Janeiro. 

O pessoal do Foz FC está confiante, dizendo que não há como reverter, e que o clube iguaçuense na verdade, está em 3º no geral, apenas dois pontos do Nacional de Rolândia, que tem 21.

Desta forma, o jogo do dia 1º de julho, no Estádio do ABC, mostra-se de fundamental importância para as pretensões do Foz. Se vencer, volta à vice-liderança e ficará a dois jogos de subir. Se perder ou empatar, tornar-se-á uma missão quase impossível. Isso porque nas duas últimas partidas, o Foz terá como adversários o Paraná (fora) e o Cincão (casa).

A ideia é lotar o ABC, apesar de o time não corresponder dentro de campo nos últimos jogos. Mas essa é a hora de esquecer o passado e incentivar o time da cidade, enquanto ainda há esperança, porque o jogo contra o Nacional ganhou dimensões desnecessárias de dramaticidade.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Correção



Houve um mal-entendido no MZ Esporte, na postagem "Projeto interrompido", sobre a equipe feminina de futebol do Foz Cataratas.

Na frase "Damaceno rebate, disse que não entrou dinheiro no caixa do clube, e que alguns patrocinadores estão em débito com seus compromissos", o erro está no fato de que Gezi Damaceno não disse isso. A afirmação de que o ex-treinador teria falado o que não falou, partiu de Alekssandro Fogagnoli, na coletiva de imprensa realizada na sexta-feira (15), justamente para anunciar sua saída do Foz Cataratas.

Gezi leu o artigo, o que deixa o autor muito honrado, mas evidentemente não concordou com as palavras. E tem toda razão.

Fica aqui a correção.

A frase foi alterada para "Ainda segundo Fogagnoli, a resposta de Gezi para ele é de que não entrou dinheiro no caixa do clube, e que alguns patrocinadores estão em débito com seus compromissos".

Outro fato desmentido pelo próprio Gezi. Os patrocinadores estão sim, honrando com seus compromissos. 

É verdade que tive algumas dificuldades para entrar em contato com o Gezi desde que ele deixou de ser o treinador. Preferiu não conceder entrevistas por um período, até deixar a "poeira baixar". Mas eu deveria ter insistido mais. Teria evitado esses transtornos. 

Felizmente, tudo ficará esclarecido nesta sexta-feira (22), em uma entrevista ao vivo na rádio CBN, às 10h20. Será a primeira entrevista dele na CBN, desde que deixou o cargo de treinador.

Já adianto uma boa notícia aos torcedores: o projeto continua. Como jamais deveria ter parado.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Projeto interrompido



 
A equipe feminina de futebol do Foz  Cataratas está com suas atividades interrompidas.

Na sexta-feira (15), o então diretor-técnico e treinador interino do clube, Alekssandro Fogagnoli, anunciou sua saída da agremiação.

O motivo? "Incompatibilidade de ideias com a direção".

Na verdade, é mais do que isso. É de conhecimento público um desentendimento com Gezi Damaceno, ex-técnico e atual presidente do Foz Cataratas. Além de ser cunhado de Alekssandro.

De acordo com Fogagnoli, foi Gezi quem impôs que ele saísse do clube, para que o projeto continuasse.

O agora ex-diretor acusa a atual diretoria de não ser transparente com as finanças do time, não repassar os valores pagos pelos principais patrocinadores. 

O salário das atletas está atrasado em dois meses.

Ainda segundo Fogagnoli, a resposta de Gezi para ele é de que não entrou dinheiro no caixa do clube, e que alguns patrocinadores estão em débito com seus compromissos.

Fato é, que infelizmente um dos projetos esportivos mais vitoriosos em Foz do Iguaçu parece, aos poucos, chegar ao fim.

Durante o período sem turbulências, a equipe chegou a duas finais consecutivas de Copa do Brasil, conquistando o título em uma delas. Foi bicampeã paranaense, além de outros títulos e colocações de destaque em torneios menores.

A criação do Foz Cataratas até hoje não é bem compreendida. Chegou de repente à cidade, tendo como padrinho o locutor esportivo Luciano do Valle, da Bandeirantes, trazendo patrocinadores importantes, como a Caixa Econômica Federal e Coca-Cola. 

Depois de alguns meses de puro elogios ao time em rede nacional, inclusive mandando abraço a apoiadores do clube - como Gilmar Piolla e Jorge Samek - Luciano do Valle simplesmente sumiu de Foz do Iguaçu. Algumas pessoas dizem que acumulou dívidas na cidade, algo semelhante com o que fez em Recife-PE.

Fica a dúvida, para os próximos meses, se a equipe seguirá em atividade. A vaga na Libertadores da América está garantida, pelo título da Copa do Brasil de 2011. Resta saber se o time também estará com garantias de participar.

Foto: Nilton Rolin

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Já deu o que tinha que dar...



Confesso que não tinha a mínima vontade de escrever sobre Ronaldinho Gaúcho, atleta que vem se destacando mais pelas notícias fora das quatro linhas, do que pelas suas habilidades que lhe renderam dois prêmios de "Melhor Jogador do Mundo" em 2004 e 2005 pela FIFA.

O propósito do MZ Esporte sempre foi dar destaque ao noticiário local. Vez ou outra surgem alguns assuntos que rendem expandir (Fórmula 1, principalmente, uma de minhas paixões).

Mas, como gremista que sou, não posso deixar de citar. Até por ter uma pontinha de prazer, em ver do que meu time escapou. Escapou por pouco, diga-se! Pois quase esteve prestes a cometer uma das maiores besteiras de sua centenária história.

Nesta brincadeira do "Leilão", entre Grêmio, Palmeiras e Flamengo, para ver quem teria R-10 no começo de 2011, o tricolor gaúcho deixou de renovar com jogadores importantes, entre eles o atacante Jonas, artilheiro do Brasileirão de 2010, e que saiu de graça para o Valência, da Espanha.

Como todos sabem, o clube da Gávea levou a melhor, e Ronaldinho, ao chegar no Rio jurou amor eterno, beijou o distintivo, fez tudo aquilo que jogador faz quando chega a um novo clube.

 Um ano e cinco meses depois, o amor se foi. 

Juntos, Flamengo e R-10 só conquistaram um Campeonato Carioca e nada mais. 

As noitadas do ex-craque, como eram de se esperar, vieram. E com força total, na terra do baile funk. Vizinhos chegaram a reclamar das festas feitas por ele.

Não demorou, e o então treinador, Vanderlei Luxemburgo, também perdeu a paciência. Principalmente após a pré-temporada flamenguista realizada em Londrina, no começo deste ano. Agora um vídeo sobre o que teria acontecido no hotel foi divulgado na internet.

Na queda de braço entre treinador e diretoria, pior para o treinador, demitido na ocasião. Hoje está tendo bons resultados no Grêmio, primeiro clube de Ronaldinho.

Teve também, não nos esqueçamos, dos salários atrasados, o rompimento com a Traffic, as faltas aos treinamentos e agora, Ronaldinho entrando na Justiça para pedir cerca de R$ 40 milhões que ele alega ter a receber do clube rubro-negro.

O Flamengo nega, diz que o valor é muito inferior a isso. A velha história do "devo, não nego. Pago quando puder".

Quando saiu do Milan, da Itália, todos sabiam que o futebol do Ronaldinho já não lembrava, há tempos, a época de "melhor do mundo". Só que muitos acreditariam que poderia dar certo no Brasil, pois aqui o nível dos defensores é inferior, etc. Bem, no começo, quando ainda havia vontade e disposição (para não dizer tesão, mas já dizendo) até deu certo. Depois, acabou.

Mesmo assim, pagar o salário que o Flamengo havia se comprometido a pagar (R$ 1,25 milhão) era loucura, e das grandes.

Aí me surge outro time considerado grande no Brasil, mas com pensamento bem pequenininho, vai lá, e me contrata o jogador, sem nem esperar a poeira baixar. Dizem que o salário que Ronaldinho vai receber no Atlético-MG é bem inferior ao que recebia no Flamengo. Até porque, receber a mais seria insanidade total. Só que loucos no futebol sabemos que tem aos montes.

Dizem que chega a R$ 300 mil. Não sei se seria "só" isso, mas ainda é caro.

É a tradicional relação custo-benefício. Hoje, ter Ronaldinho Gaúcho em um time de futebol não é vantagem. Pela sua incapacidade técnica que vem demonstrando, má imagem que atrai, indisposição nos treinos e, principalmente, por ele não ser carismático a ponto de participar de ações de marketing que rendam lucros para o clube. 

Enquanto houver clubes suicidas, pagando rios de dinheiro a jogadores que pensam ser Pelé, estes não irão parar de jogar. Ou será que é mais fácil para o Ronaldinho pendurar as chuteiras, enquanto ainda recebe propostas milionárias, através de seu irmão e empresário Assis?

Só dá para sentir pena que uma carreira, que já foi tão brilhante, acabe assim.